tecnolgia informação
Em menos de 15 anos, a Internet – e com ela o ambiente em rede a longa distância – surgiu como uma nova ferramenta de comunicação acessível a usuários domésticos e empresariais.
Saltando do uso restrito a alguns poucos pesquisadores enclausurados em sombrios centros de pesquisa, passou a crescer a uma taxa média anual de 14%, até atingir cerca de 1 bilhão de usuários no final de 2005, segundo pesquisa da eMarketer (www.emarketer.com1).
Trata-se de um fenômeno espantoso, ainda mais por não ter sido promovido, difundido ou controlado por governos ou empresas – uma tsunami totalmente sem aviso ou patrocinador.
Hoje, é impossível explicar a Internet com os óculos e conceitos do passado – desde seu surgimento praticamente autônomo até as conseqüências mais visíveis como o MP3, o Linux, o Kazaa, a Amazon, o Google, o Orkut e o Skype, que enfrentam do nada, e de repente, poderosos monopólios estabelecidos.
Isso vale também para os avanços da ciência, como a cura de doenças, o mapeamento e seqüenciamento do genoma humano2, e as novas conquistas em física quântica ou nanotecnologia...
1 Consultado em 26/05/06.
2 Toda a comunidade científica tem motivos de sobra para se orgulhar do Projeto Genoma Humano, que recentemente concluiu o seqüenciamento do conjunto de moléculas de DNA humano. Mas essa façanha foi fruto da ação conjunta e articulada em rede de cientistas da Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Japão, com apoio de outros países (entre eles o Brasil). Nem poderia ter sido de outra forma, diante da quantidade de elementos em jogo: os pesquisadores tinham pela frente a tarefa de identificar cada um dos aproximadamente cem mil genes e três bilhões de pares Dessa primeira iniciativa nasceu em 1998 o Human Genome Organization, um organismo de coordenação internacional dedicado a sintonizar o trabalho e organizar o conhecimento adquirido em um banco de dados centralizado,