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Começou no último dia 21 de agosto a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão para as eleições municipais deste ano. É o momento decisivo para que os candidatos expliquem suas propostas à população, que escolherá prefeitos e vereadores de mais de 5,5 mil cidades. O primeiro turno acontece em 7 de outubro.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
No Brasil as eleições ocorrem (alternadamente) a cada dois anos, ora para os cargos de presidente, governador, deputado e senador (a última, em 2010), ora para os cargos de prefeito e vereador. Os senadores são eleitos para um mandato de oito anos, enquanto os demais cargos têm mandatos de quatro.
O processo eleitoral é considerado o ato mais importante da democracia, pois é quando os cidadãos exercem seu direito de escolher seus governantes. A despeito disso, no Brasil as eleições antecedem o próprio regime democrático e o sistema republicano de governo. Diferente do que usualmente se pensa, as eleições são instrumentos usados até mesmo por ditaduras.
A tradição eleitoral brasileira remonta ao século 16, na época do Brasil Colônia. Segundo os historiadores, a primeira eleição ocorreu em 1532 em São Vicente (SP) para escolher o Conselho Administrativo da vila.
Desde então, o voto tornou-se regular nas capitanias durante todo o período em que o Brasil foi colônia de Portugal. Mas era um país bem diferente do atual, escassamente povoado e com comunicação e transportes precários entre as regiões.
A sociedade também era bem diversa. De acordo com Laurentino Gomes, em seu livro “1808”, a cada três brasileiros, um era escravo e a maior parte da população era analfabeta e pobre. Sendo assim, eram poucos brasileiros que podiam votar: somente uma elite pertencente à famílias tradicionais e proprietários de terra.
Em 1821, um ano antes da proclamação da Independência, foram realizadas as primeiras eleições gerais no país. O objetivo era eleger deputados que