Teatro para filosofia
Um rapaz com um caderno na mão bate na porta .
VELHO: pois não ?
RAPAZ: pode parecer besteira... o senhor é filosofo não é ? Pois bem, eu gostaria de aprender filosofia, mas se não der, tudo bem ...
VELHO: aprender filosofia ! ... acredita que eu possa lhe ensinar ?
RAPAZ: tenho certeza disso. Acho que o senhor eh um grande sabio, não é ?!
VELHO: se eu dissesse que sim filho, já seria um péssimo professor. Quem neste mundo é sabio ? Existem muitos ? Não creio, pois este mundo continua perveso. Se os que se julgam sabios os fossem de fato, QUE MARAVILHA ! tudo seria transformado. - fazendo um gesto vago - Entre filho, não tem medo ?
RAPAZ: não de jeito nenhum - anotando as palavras do velho no caderno - Não tenho medo não.
VELHO: isso já é um bom começo. AH ! deixe o seu caderno aí fora. Na saída você o pega
RAPAZ: não é melhor eu entrar com ele ?
VELHO: por favor, deixe - o ai fora !
Entrando na casa do velho, o rapaz observa os livros em uma estante, e uma escrivaninha com muitos papéis, jornais e um computador . E tambem uma janela com uma bela paisagem.
VELHO: o que você vê ali?
RAPAZ: uma janela
O velho sorriu.
RAPAZ: uma janela...Mas com uma paisagem atrás...a paisagem é formada por rios, árvores, capim rasteiro, um rio com uma forte correnteza, as arvores com uma coloração branca do lado direito da folhagem, o capim molhado... Ah ! uma chuvinha leve molha o capim .
O velho foi em direção a escrivaninha e murmurou
VELHO: é o começo ...
No meio do caminho, parou e disse
VELHO: fique a vontade, eu tenho umas coisinhas a fazer.
Dizendo isso, o velho sentou-se à scrivaninha e começou a folhear alguns manuscritos e digitar no computador. O rapaz ficou parado em frente a janela observando
RAPAZ: bonita a paisagem, né ?
Nenhuma resposta . O rapaz foi em direção a estante repleta de livros e quando foi pegar um, o velho o repreendeu .
VELHO: NÃO ! não