tear mecanico
O tear mecânico é um dos principais símbolos da Revolução Industrial (séc. XVIII), estando também na origem da história da inteligência artificial. Sob esse aspecto inaugural, a história do tear vincula-se a dois fracassos. Edmund Cartwright (1743-1823), inventor inglês do primeiro tear mecânico, fracassou na ideia de comercializar industrialmente as máquinas que criara. Outros, entretanto, obtiveram sucesso, como o francês Joseph-Marie Jacquard (1752-1834), que inventou, em 1801, um sistema de automatizar a tecelagem por meio de cartões perfurados que serviam de guia para a máquina tecer os padrões de cores dos brocados de seda produzidos. Foi para fábricas têxteis como esta que Goya criou uma série de tapetes de grande beleza. Inspirado no tear de Jacquard, o matemático inglês Charles Babbage (1792-1871) projectou, em 1822, uma máquina analítica precursora dos primeiros computadores. Esta usava os cartões perfurados como mecanismo de entrada e saída de dados. Porém, o projecto de Babbage, que exigia peças de alta precisão para a época, não foi adiante. Melhor sorte teve o contador norte-americano Herman Hollerith (1860-1929), fundador da International Business Machine (IBM), que aplicou o sistema Jacquard-Babbage nas máquinas de calcular utilizadas no censo de 1890 dos Estados Unidos, três vezes mais rápidas que as calculadoras existentes até então. A era dos computadores velozes estava apenas a avançar nos primeiros passos.
O tear