TDAH

Introdução
O transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH) é a nova nomenclatura utilizada para denominar os significativos problemas apresentados por crianças quanto à atenção, impulsividade e atividades excessivas. As crianças diagnosticadas com TDAH representam um grupo bastante heterogêneo com variações em relação aos seus sintomas. O transtorno é um dos principais motivos hoje de se encontrar uma demanda tão grande de crianças em consultórios psiquiátricos e psicológicos, os principais sintomas ou causas comportamentais que levam as crianças às terapias ou ao uso abusivo de remédios é a dificuldade na atenção devido à forma exagerada de agitação e impulsividade, que acaba afetando a conduta emocional, adaptativa e social, dificultando o convívio familiar e escolar.
Sabe-se que estudos envolvendo o tema surgiram há muito tempo:
“com relação ao TDAH, surgiram no meio do século XIX, mas só se teve uma noção real do transtorno ao longo do século XX, por volta das décadas de 40 e 60. O transtorno foi realmente diagnosticado como disfunção cerebral mínima em 1962 onde se reconhecia que as alterações características da síndrome relacionam-se a disfunções em vias nervosas do que propriamente a lesões nas mesmas”. (Luis Augusto Rohde, Genário Barbosa, Silzá Tramontina e Guilherme Polanczyk, 2000, pag. 07).
O Transtorno tem servido de justificativa corrente para o fracasso escolar de um número expressivo de crianças, atribuindo-se a elas a responsabilidade por não aprenderem e isentando a escola e a sociedade dos problemas nas quais estão inseridas. A situação se torna mais alarmante uma vez que os estudos a respeito apontam dificuldades no diagnóstico e na intervenção sobre esse tipo de transtorno, devido à falta de clareza sobre o que é esse quadro clínico e em razão da não existência de estudos consistentes acerca das consequências futuras do uso de estimulantes nas crianças.
O interesse pelo tema surgiu a partir de entrevistas exibidas em