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São Paulo - SP
2013
Introdução Em vários hospitais de países desenvolvidos, a fisioterapia é vista como parte integrante do tratamento de pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI).(1) No ambiente hospitalar, o objetivo da assistência oferecida pelos profissionais da saúde é de recuperar a condição clínica dos pacientes, a fim de que eles possam retomar a realidade em que se inserem com qualidade de vida. Porém, os pacientes críticos, caracterizados por se encontrarem normalmente instáveis, com prognóstico grave, e sob alto risco de morte, representam outra realidade, na qual a meta da assistência é manter a capacidade vital do indivíduo, muitas vezes sem estimativa de alta hospitalar.(2)
A imobilidade, o descondicionamento físico e a fraqueza muscular acabam sendo problemas frequentes e que estão associados a maior incapacidade e a reabilitação prolongada.(3) Além de suas condições prévias, vários são os fatores que podem contribuir para ocorrência desta fraqueza, incluindo: inflamações sistêmicas, uso de alguns medicamentos, como corticóides, sedativos e bloqueadores neuromusculares, descontrole glicêmico, desnutrição, hiperosmolaridade, nutrição parenteral, duração da ventilação mecânica e imobilidade prolongada.(3-4) A incidência dessas complicações ocorre em 30% a 60% dos pacientes admitidos em UTI.(5)
O imobilismo acomete os sistemas musculoesquelético, gastrointestinal, urinário, cardiovascular, respiratório e cutâneo.(6) O desuso, como no repouso, inatividade ou imobilização de membros ou corpo e a perda de inervação nas doenças ou injúrias promovem um declínio na massa muscular, força e endurance. Com a total imobilidade, a massa muscular pode reduzir pela metade em menos de duas semanas, e associada à sepse, declinar até 1,5 kg ao dia.(7,8)
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