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1. INTRODUÇÃO As referências mais antigas aos sabões remontam desde o início da era Cristã, surgindo de misturas brutas de materiais alcalinos e matérias graxas.
O sábio romano Plínio, o Velho (Gaius Plinius Scundus, 23 ou 24-79 d.C.), autor da célebre História Natural, menciona a preparação do sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. De acordo com a sua descrição, o procedimento envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até se obter o produto final. Segundo Plínio, os fenícios conheciam essa técnica desde 600 a.C. O Velho descreve a fabricação do sabão duro e do sabão mole. O médico grego Galeno (130-200 d.C.), que fez carreira, fama e fortuna em Roma, também descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e cinzas, apontando sua utilidade como medicamento para a remoção da sujeira corporal e de tecidos mortos da pele. O alquimista árabe Geber (Jabir Ibn Hayyan), em escrito do século VIII da era Cristã, também menciona o sabão como agente de limpeza, mas foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzindo em quantidades suficientes para ser considerado um produto industrial.
No século XIII, a indústria de sabão foi introduzida na França, procedente da Itália e da Alemanha. No século XIV, estabeleceu-se na Inglaterra e na América do Norte o sabão que era fabricado artesanalmente até o século XIX.
Dois grandes avanços químicos marcam a revolução na produção de sabões. Em 1791, Nicolas Leblanc (1742-1806) concluiu o desenvolvimento do método de síntese de sabões de barrilha (carbonato de sódio) a partir da salmoura (solução de cloreto de sódio).
Desde os tempos pré-históricos, depósitos naturais de tona, Na2CO3.NaHCO3.2H2O (Sesquicarbonato de sódio), foram formados nos leitos de lagos secos, no Egito. Grandes quantidades são atualmente mineradas. O carbonato de cálcio pode substituir o NaOH na fabricação de sabão, detergente e papel, e além disso o carbonato de