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*Os termos denim e índigo serão usados indiscriminadamente, neste artigo, para representar o tecido. O termo jeans será usado para representar o tecido já confeccionado.
**Gerente da Gerência de Estudos de Bens de Consumo Não-Duráveis do
BNDES.
A autora agradece a colaboração do estagiário Ronie Vinícius e o apoio bibliográfico de Arthur Adolfo Garbayo, bem como a colaboração das empresas consultadas.
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Ana Paula Fontenelle Gorini**
Resumo
Este artigo analisa a segmento de denim – mais conhecido como jeans – no Brasil e no mundo e aborda as principais transformações de mercado e as inovações tecnológicas, enfocando, em especial, as mudanças no mercado nacional, onde a concentração da oferta foi muito forte na última década.
O Brasil constitui um dos maiores produtores e consumidores mundiais de denim, apresentando também grande competitividade nas exportações desse produto. No entanto, essa competitividade vem se deteriorando por várias razões que o artigo procura enumerar, traçando, em paralelo, novas oportunidades de inserção no mercado mundial.
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O Segmento de Índigo
O
mercado de jeans é bem diversificado, englobando consumidores de diferentes idades, de ambos os sexos e em distintas estações do ano. Variando estreitamente com o poder aquisitivo da população, esse mercado é ainda influenciado por diferenças climáticas e culturais, existindo distintos padrões de consumo no que tange a produtos voltados à moda e ao trabalho. Nos
Estados Unidos, maior mercado mundial de jeanswear,1 o jeans é usado no dia-a-dia, no trabalho e na escola, assim como no lazer.
Diferentemente, na Europa Ocidental, o índigo é mais associado a um artigo de moda. No Brasil, o seu uso é extremamente difundido, porém ainda é baixo o consumo per capita, em contraste com o mercado norte-americano.
Introdução
O tecido denim corresponde aproximadamente à metade do custo total da calça jeans, e sua fabricação