Taxa Interna de Retorno: controvérsias e interpretações
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Antonio Carlos Teixeira Álvares (FGV-EAESP) – teixeira@fgvsp.br
Claude Machline (FGV-EAESP) – cmachline@fgvsp.br
Resumo
Este artigo mostra que a Taxa Interna de Retorno (TIR) apresenta diversos pontos polêmicos, para os quais ainda não há pacificação à vista. Como será mostrado na maioria dos casos, a TIR não representa uma medida correta do retorno do investimento. Somente nos casos onde ocorrem fluxos convencionais, que se caracterizam por um desembolso inicial e um recebimento final, a TIR representaria o retorno sobre o capital investido. Estes fluxos são típicos de certas aplicações financeiras, mas raros no âmbito dos projetos das áreas de produção e operações. Os fluxos de caixa intermediários, que ocorrem com muita freqüência em projetos dessas áreas, retiram da TIR a condição de medida de retorno sobre o investimento. Este trabalho tem por objetivo oferecer uma interpretação mais adequada para o fenômeno das múltiplas taxas de retorno, possíveis de serem encontradas nos fluxos de caixa não convencionais e validar a taxa interna de retorno modificada (TIRM), como indicador mais aceitável para estimar a taxa de retorno de um projeto de investimento convencional. Por fim, o artigo mostra que para certos fluxos de caixa não convencionais, na qual há múltiplas soluções para a TIR, mesmo a
TIRM carece de significado financeiro.
Palavras-chave: Engenharia Econômica; avaliação de projeto; análise de fluxo de caixa; taxa interna de retorno; taxa de reinvestimento; taxa interna de retorno modificada.
Abstract
This article demonstrates that the Internal Rate of Return (IRR) has several controversial points for which no solution is in sight. As will be shown in most cases, the IRR does not represent a correct measure of return on investment. The IRR only represents the return on invested capital in those cases where there are