Taxa de cambio no Brasil pós plano real
No final da década de 80 e início da de 90, o Brasil passava por dificuldades econômicas como a superinflação – chegando a valores absurdos como em 1994 que valia 2447%. O Governo, como forma de combater a alta taxa inflacionária, tentou aplicar vários planos – Cruzado 1 (fevereiro/86), Cruzado 2 (novembro/86), Bresser (1987), Verão (1988), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). Com o fracasso destes, principalmente por causa do congelamento dos preços, o Governo perdeu sua credibilidade com o povo brasileiro, dificultando o planejamento de vida de muitas pessoas.
A combinação desses fatores políticos e econômicos permitiu que o Governo sustentasse, em meados de 1993, um novo plano de contenção da inflação: o Plano Real.
O Plano Real foi o único que conseguiu estabilizar a inflação sem o congelamento dos preços, devido a unidade real de valor (URV)1. Sua implantação foi dividida em três fases: o mínimo controle das contas da União, a progressiva cotação dos preços em URV e a emissão da nova moeda, o Real, substituindo o Cruzeiro Novo.
Dentre as medidas aplicadas pelo Plano Real, a apreciação da taxa de câmbio foi uma das mais impactantes por ter abaixado imediatamente os preços de venda e eventuais margens de lucro em todo o sistema que trabalha com valores internacionais.
A taxa de câmbio é uma das ferramentas mais importantes na economia já que influencia nos níveis de produção e inflação da mesma. De acordo com o Banco Central do Brasil, “taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda nacional”, ou seja, é o valor que uma moeda de outro país tem em relação ao Real.
O objetivo deste trabalho é analisar as consequências das alterações na taxa cambial brasileira no período pós Plano Real.
DESENVOLVIMENTO A política econômica do Plano Real tinha três pontos básicos: apreciação da taxa cambial, aumento da taxa de juros e superávit fiscal primário. A justificativa que o governo dava para a