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“[...] Antunes analisa criticamente as mudanças no mundo do trabalho através de uma viagem literária entre o fordismo, o toyotismo e o processo de acumulação flexível. Ressalta a evolução do fordismo (produção em série, controle de tempos e movimentos) para o modelo toyotista (produção em equipe, tecnológico), critica a invasão da automação, da robótica e da microeletrônica no ambiente de trabalho e afirma: os modelos tradicionais fordistas / tayloristas deram lugar à especialização flexível,um novo jeito de ganhar produtividade traduzido em ferramentas contemporâneas do modelo japonês (kanban, jit, CCQ’s, controle de qualidade total, gestão participativa,terceirização, subcontratações).”(p.2). “[...] a redução do número de trabalhadores e a ampliação da carga horária de trabalho são implicações com forte impacto social. E mais, a adoção do toyotismo ameaça conquistas como o Welfare State, pois esse modelo está “muito mais sintonizado com a lógica neoliberal do que com uma concepção verdadeiramente socialdemocrata”. “[...] a introdução do toyotismo apóia-se numa correlação de forças desfavoráveis aos trabalhadores e rejeita a idéia de o modelo japonês garantir, simultaneamente, eficiência e eqüidade social, afirmando que promove um estranhamento no trabalho, além de extrair o saber e o fazer do trabalhador e provocar um estado de desidentidade na classe trabalhadora em relação aos produtos produzidos.”(p.2). “Para o autor, a metamorfose no mundo do trabalho globalizado é facilitada pela introdução da automação, da microeletrônica, da robótica e do toyotismo. Há um favorecimento do trabalho abstrato, isto é, mais intelectualizado, enfraquecendo a massa trabalhadora menos qualificada com o impacto do