Tati Dri EU 2
Ao visitar a EMEF Alípio Pereira dos Santos no dia 11/05/2015 conversamos com uma professora que nos relatou a seguinte situação de preconceito racial vivenciado por sua colega de trabalho: Na sua sala de aula havia duas irmãs, uma de pele mais clara e outra mais escura, a criança de pele clara ia todos os dias para a escola bem vestida, perfumada e com os cabelos arrumados, já sua irmã de pele escura e cabelos crespos ia para a escola mal vestida, sem perfume e com os cabelos bagunçados, a professora é quem penteava seu cabelo, mas sempre indagava a criança questionando por que sua irmã estava sempre bem arrumada e ela não? Como se a criança fosse saber o porquê disso. Fato este que não conseguia entender, mas arrumava seu cabelo fazendo comentários que reforçavam o preconceito que essa criança sofria dentro de casa e era estendido pela professora sem perceber.
Outro caso de preconceito racial foi exibido recentemente pela rede Record de televisão, no programa Domingo Espetacular, uma criança de apenas oito anos de idade chamada Carolina Monteiro, atualmente cursando o terceiro ano do ensino fundamental, sofre racismo por parte dos seus colegas de classe que a questionam constantemente porque seu cabelo é duro ou porque ele não faz “chapa” nos cabelos para ficar lisos. Mas o modo como Caroline está tratando esse assunto é que ganhou grande repercussão, postando diversos vídeos na internet com conteúdos que valorizam a sua cor e a cultura afrodescendente, inclusive mostrando em um dos vídeos uma boneca negra chamada Dandara, os vídeos já possuem mais de cem mil acessos. Ao analisarmos os dois depoimentos, podemos perceber o quanto a família e a escola são importantes na formação de uma criança. Na primeira situação podemos ver claramente um preconceito relacionado aos pais da criança, pois o tratamento que tem a criança branca é diferente da criança negra, fazendo com que a criança negra se sinta inferior a sua irmã ou até mesmo as outras