Tape Aria Francesa
OS CINCO SENTIDOS
Você, todo dia, entra em contato com o mundo externo, ou seja, tudo aquilo que está além dos limites do seu eu. Esse contato é feito através dos sentidos, que nos seres humanos são definidos classicamente, desde Aristóteles, como cinco: olfato, paladar, visão, tato e audição. É através das sensações captadas por eles que nos relacionamos com o ambiente ao nosso redor, permitindo que nos adaptemos e sobrevivamos.
No Museu da Idade Média, também conhecido como Museu de Cluny, em Paris (França), há uma série de seis tapeçarias, datadas do século XV, denominadas A Dama e o Unicórnio. Cinco delas são dedicadas aos cinco sentidos, uma para cada um.
Observe cada uma delas:
O olfato é o mais primitivo dos cinco sentidos, uma vez que o rinencéfalo (rhino, nariz, en, dentro, cephalos, cabeça), que contém as estruturas responsáveis pelas sensações do olfato e do paladar e pelo controle de funções vegetativas, faz parte do paleocéfalo. Diretamente associados ao sistema límbico, que controla as respostas emocionais do indivíduo, os odores promovem reações instintivas muito fortes – normalmente respostas binárias, como sim ou não (atração ou repulsão). O olfato é menos desenvolvido nos humanos do que em outros animais, como os cães, que por isso são empregados na detecção de substâncias químicas proibidas em locais públicos e em meios de transporte.
O paladar é o sentido do sabor dos materiais que entram em contato com as papilas gustativas localizadas na língua. É um sentido extremamente associado ao olfato; muitas vezes, quando estamos com esse sentido comprometido (por exemplo, durante uma gripe), fica alterada a sensação do sabor dos alimentos. Tanto o olfato quanto o paladar podem ser classificados como sentidos químicos, porque ocorre uma interação direta entre as substâncias químicas e os receptores presentes no nariz e na língua.
A visão é, na verdade, um conjunto de dois sentidos: o sentido de percepção