Talking Cure
A estrutura que sustenta um trabalho clínico é a comunicação, dessa forma se constrói uma relação onde de um lado está a própria história do paciente e as lacunas que nela há, e do outro uma escuta marcada por tudo aquilo que a produz. A verbalização do censurado já era utilizada antigamente pelos confessionários católicos fato que nos levou a reflexão a respeito de uma possível similaridade ao trabalho psicanalítico. Ambos os métodos buscam, cada um à sua maneira (respeitando as particularidades religiosas e clinicas) uma espécie de catarse, e é por meio também da confiança em um sigilo absoluto que a pessoa em questão sente-se segura a iniciar a verbalização.
Em ambos os métodos a fala é livre e com intuito de uma desinibição feita sem que “ouvinte” esteja a sua frente, com poucas intervenções durante a fala do transmissor.
Nos dois casos há a necessidade da fala, da verbalização do oculto. Em outro momento os libertinos franceses, durante o Iluminismo, apresentaram a necessidade e dessa vez publicamente de dizer suas obscenidades, pode-se parecer uma pratica não mais utilizada, no entanto com o uso de redes sociais vemos comumente essa pratica sendo utilizada. Hoje no século XXI a pratica de apresentar o “oculto” dá-se de forma virtual onde aqui também não há a presença direta do interlocutor com o receptor e acontece associações livres onde não há no momento da exposição interrupções.
Pode-se observar que em diferentes momentos do homem houve-se a necessidade de verbalização do oculto.
http://freudexplicado.blogspot.com.br/2010/07/confessionario-e-diva-analogia-tecnica.html
http://gestopsicanalise.com.br/ensaios/fala-na-analise