talidomida
No início da década de 60, a talidomida foi prescrito mundialmente como sedativo e agente anti-naúseas, indicada no alívio do mal-estar matinal comum em gestantes, sendo responsável pelo nascimento de milhares de crianças com deformações congênitas, que foram, posteriormente atribuídas ao seu perfil teratogênico. Tirando de vez ele do mercado
Quatro anos mais tarde foi prescrito como sedativo para pacientes leprosos , observando fortuitamente acentuada redução da dor e do processo inflamatório associado ao leproma, identificando as propriedades antiinflamatórias da Talidomida até então desconhecidas.
Com base na descoberta das propriedades antiinflamatórias e imunorreguladoras atualmente a talidomida é um dos principais agentes terapêuticos disponíveis para o tratamento efetivo dos lepromas.
Iniciou-se uma série de ensaios clínicos com este fármaco, visando ao tratamento de doenças auto-imunes , tais como artrite reumatóide e doença de Crohn. Câncer e AIDS, mais especificamente no retardamento da replicação do HIV, e no auxílio da perda de peso desordenada de portadores do vírus e do bacilo da tuberculose. Adicionalmente, a talidomida representa a primeira terapia disponível nos últimos 20 anos para o tratamento de mieloma múltiplo.
Quarenta anos após o incidente teratogênico da década de 60, a talidomida ressurge como fármaco promissor para o tratamento da hanseníase, AIDS e tuberculose, levando esperança a pacientes desesperançosos. Entretanto, à despeito das novas aplicações terapêuticas da talidomida seu emprego como fármaco requer avaliação da relação risco-benefício, exigindo em alguns casos monitoramento médico adequado.
PALAVRAS-CHAVE: Talidomida, bula de medicamentos, regulamentação sanitária; uso racional de medicamentos.
ABSTRACT
In 1957 , thalidomide