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Antecedentes
Em 13 de março de 1964, o presidente João Goulart manifestou abertamente sua intenção de promover a reforma agrária, juntamente com a emancipação das refinarias e a desapropriação das terras situadas às margens das rodovias e dos açudes públicos.
A partir de então, a agitação contra o seu governo cresceu.
Os EUA, através de agentes da CIA, exploraram os conflitos internos e a luta de classes para intervir a favor de seus próprios interesses.
Tudo foi feito discretamente, pois os EUA acreditavam que as camadas populares não aceitariam um golpe se desconfiasse da participação da CIA.
Portanto, os norte-americanos manejaram os cordéis por trás dos bastidores, manipulando e financiando os setores de direita
Irromperam várias passeatas anticomunistas e grupos começaram a se organizar pedindo a derrubada de Jango.
Goulart não proibiu a realização de manifestações contrárias ao seu governo, mas atacou os empresários que as financiavam.
No dia 19 de março de 1964, o presidente chamou Hugo de Faria, diretor da Carteira de Redesconto do Banco do Brasil, determinando que suspendesse as operações de financiamento de empresas privadas.
Em meio à radicalização, um grande numero de oficiais das forças armadas começou a tender cada vez mais para a esquerda.
Foi neste momento que, diante do pedido de apoio de Goulart as forças armadas, o ministro da Guerra, Dantas Ribeiro, resolveu se hospitalizar para submeter-se a uma intervenção cirúrgica.
Afastar-se do Ministério da Guerra, a pretexto de tratar da saúde, portanto, seria uma atitude confortável e honrosa, já que não precisaria trair abertamente a legalidade e nem combater seus companheiros de farda.
O afastamento do ministro abriu caminho para o golpe, retirando um provável entrave que poderia conduzir a uma guerra civil.
Tão logo ele foi hospitalizado, o general Castello Branco lançou uma circular reservada, em 20 de março de 1964, aguçando os militares contra o governo e os sindicatos,