Síntese e análise da obra “Sistemas Públicos de Comunicação no mundo: experiências de doze países e o caso brasileiro”
Síntese e análise da obra “Sistemas Públicos de Comunicação no mundo: experiências de doze países e o caso brasileiro”
Florianópolis
2013
Síntese e análise da obra “Sistemas Públicos de Comunicação no mundo: experiências de doze países e o caso brasileiro”
Sistema público de comunicação do Brasil
A história do sistema público de radiodifusão brasileiro começou com duas iniciativas: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquette Pinto em 1923 e doada por este ao Ministério da Educação e Cultura; e a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, fundada em 1936 e que foi utilizada pelo Governo de Vargas para ser instrumento do Estado Novo. Consequentemente, após o suicídio de Getúlio, a Rádio perdeu a importância que teve durante vinte anos. A partir de 1960, a industrialização acelerada do país induzia à criação da televisão pública para qualificar o contingente de trabalhadores. No mesmo ano em que uma lei decretava o surgimento dessa modalidade de comunicação, nascia a FCBTVE, órgão responsável por fomentar a produção de programas educativos. Em 1975, nasce a TVE do Rio de Janeiro, juntamente com a RadioBrás, Empresa Brasileira de Radiodifusão, responsável pela exploração dos serviços de rádio e TV do governo. Já na década de 80, o Sinred é criado para a troca de conteúdo entre emissoras, algo que não ocorria no sistema comercial. E para solucionar o problema da interiorização, permite-se que as retransmissoras de TV veiculem 15 % de conteúdo local. Entretanto, políticos se utilizaram do sistema para transmitir aquilo que lhes convinha; por isso, os 15% logo foram abolidos. A década de 90 se caracterizou pela tentativa de influencia de visões neoliberais sobre a rede pública de comunicação, buscando diminuir as estruturas estatais. A TVE, por exemplo, sofreu alteração jurídica que submeteu a emissora “à lei da selva da