Síntese: a escuta singular de pixinguinha
História e música popular no Brasil dos anos 1920 e 1930.
Autora: Virgínia de Almeida Bessa
Síntese: Apresentada a disciplina de História da Música Popular
Professor: Luiz Hering
Ac. Maria Pio
Nasceu em 23 de abril de 1897, no Rio de Janeiro de família de classe média baixa. Seu pai flautista amador, divulgou e sistematizou a linguagem do choro. Portando o contato de Pixinguinha com a linguagem musical, iniciou-se no ambiente doméstico. Aos 11 anos de idade, tocava cavaquinho, acompanhando seu pai nos bailes. Esses bailes eram conhecidos como festas de família realizadas em ambientes modestos foram denominados pejorativamente de “forrobodó, maxixe ou xinfrim”, e rapidamente se popularizou em diversos bairros cariocas Teve aulas particulares de música com Cesar Borges Leitão, que lhe ensinou os primeiros passos da teoria musical. Mais tarde trocou o cavaquinho pela flauta e passou a ter aulas com o compositor Irineu de Almeida com quem desenvolveu a leitura musical. Mas só aos 35 anos, ele obteve o diploma do curso de harmonia elementar pelo Instituto Nacional de Música.
“Meu tamanho, minha flauta e minha cor”.
Á mesma época em que iniciava sua profissionalização nos bailes e cabarés, Pixinguinha marcou sua estréia na “sociedade”. Ela se deu no Rio Branco, um dos primeiros cines-teatro da cidade, surgido por volta de 1908. Ainda menino, com 15 anos, Pixinguinha foi chamado para substituir o então renomado flautista Antonio Maria Passos, também chorão, integrante do “Grupo Chiquinha Gonzaga”, considerado um dos principais divulgadores da música urbana do início do século XX. Neste episódio, revelam-se alguns traços fundamentais na atuação de Pixinguinha como instrumentista e que estariam presentes em toda sua trajetória artística, bem como sua enorme capacidade para o improviso. O episódio do teatro Rio Branco revela o profundo conhecimento – ainda que intuitivo – que Pixinguinha tinha da escuta popular, o sucesso deve se