Síntese do Livro O Príncipe de Maquiavel

O Príncipe

Dedicando a Lorenzo de Medici, também conhecido como Lorenzo II, Nicolau Maquiavel dá início ao livro O Príncipe, dividido em vinte e seis capítulos. Dentro do contexto de sua obra, Maquiavel mostra como um príncipe deve governar um Estado de maneira digna e competente. O autor aconselha e orienta a prática de ações políticas para um governo duradouro. Nos três capítulos iniciais, O Príncipe apresenta as formas de governo, mostrando os tipos de Estado. Governos que têm autoridade sobre seu povo são repúblicas ou principados. Os principados são: ou hereditários, quando seu sangue senhorial é nobre há já longo tempo, ou novos ou mistos. Os novos podem ser totalmente novos, ou o são como membros acrescidos ao Estado hereditário do príncipe que os adquire. Para Maquiavel, os principados hereditários são mais fáceis de manter com relação aos novos. Principados novos são lotados de dificuldades. Se um príncipe for dotado de tamanha capacidade, ele certamente se manterá no poder por longos períodos. Tomando nota no quarto capítulo sobre o Reino de Dario, Maquiavel argumenta que os principados de que se conserva memória, têm sido governados de duas formas diferentes: ou por um príncipe, sendo todos os demais servos que, como ministros por graça e concessão sua, ajudam a governar o Estado, ou por um príncipe e por barões, os quais, não por graça do senhor, mas por antiguidade de sangue, têm aquele grau de ministros. Estes barões têm Estados e súditos próprios que os reconhecem por senhores e a eles dedicam natural afeição. Os Estados que são governados por um príncipe e servos, têm aquele com maior autoridade, porque em toda a sua província não existe alguém reconhecido como chefe senão ele, e se os súditos obedecem a algum outro, fazem-no em razão de sua posição de ministro e oficial, não lhe dedicando o menor amor. O quinto capítulo fala a respeitos das três formas de governar as cidades ou Estados que tinham suas próprias leis. A primeira,