Síntese de proteínas
Ao se falar de ambiência é comum à associação direta feita às variáveis ambientais temperatura e umidade relativa do ar. E esses fatores são, sem dúvida nenhuma, extremamente importantes e exercem considerável influência na produtividade dos animais e no bem-estar dos trabalhadores. Mas existem outros fatores, que por serem mais difíceis de detectar, normalmente não recebem a devida atenção por parte dos produtores rurais, mas que nem por isso são menos importantes. Entre esses fatores, destacam-se os níveis de gases e poeira presentes no ambiente de criação e confinamento animal.
Apesar da importância, pouco se fala sobre o monitoramento dos níveis de gases no interior das instalações e dos prejuízos causados aos animais quando estes níveis estão acima do que é recomendável. Embora estes níveis ainda não estejam bem definidos para todas as espécies, já se sabe que eles podem influenciar vários aspectos fisiológicos e, como consequência, refletir no desempenho apresentado pelos animais podendo tornar-se um fator limitante da produção.
O aumento da concentração de poluentes no ar dentro de um galpão destinado a produção animal pode ser ocasionado por reduzidas taxas de ventilação, podendo também ser consequência de um programa de manejo sanitário mal sucedido, já que, em geral, esses gases são provenientes da degradação dos dejetos liberados pelos animais, como é o caso da amônia.
A unidade de medida desses poluentes é o ppm (partes por milhão) e observa-se que, por exemplo, as aves são bastante sensíveis a concentrações de amônia superiores a 50 ppm, o que infelizmente, é uma situação frequente em algumas instalações.
A baixa qualidade do ar interfere na saúde, no bem-estar, na qualidade do produto final, na conversão alimentar e na eficiência produtiva dos homens e dos animais. Estudos comprovam que a amônia e o gás sulfídrico podem causar lesões nos tecidos, perda de apetite, redução da taxa de crescimento, atraso da