Síndrome do Regresso
Tema e limites da pesquisa: Eu poderia escolher diversos temas para a minha metodologia da pesquisa, mas resolvi escrever sobre a "Síndrome do Regresso" porque é o tema que mais se aproxima de mim e da minha vida atualmente. Para entendermos, essa síndrome foi batizada pelo neuropsiquiatra Décio Nakagawa, onde ele estudava a frustração dos brasileiros que voltavam ao país depois de algum tempo trabalhando em fábricas japonesas. Mas esse termo também pode ser utilizado para aquelas pessoas que foram para outro país fazer intercâmbio, seja para trabalhar ou estudar e quando voltaram para o seu lugar de origem, não conseguiram se readaptar muito bem ou sofreram depressão, crises de pânico, falta de estímulo, nostalgia, entre outros. Foi criada uma página no Facebook em 2012 e também diversos sites para ex intercambistas poderem trocar ideias e experiências, obterem um pouco mais de conforto na sua volta para casa. Além desse espaço, há também matérias que falam sobre opiniões de psicólogos entre outras visões sobre o assunto. Segundo a viúva de Décio Nakagawa, a psicóloga Kyoko Nakagawa, "a adaptação em outro país acontece em seis meses, já a readaptação ao país de origem demora dois anos". Antes de sair de seu país, o intercambista cuida de tudo para diminuir o choque cultural, ele se prepara para se adaptar ao novo, o que é teoricamente, mais fácil. O medo de ficar sozinho, a saudade de casa, da família, dos amigos, sair da sua bolha, aprender uma nova língua, ganhar mais responsabilidades, obter um olhar diferente das coisas, tudo isto faz parte para aquele que vai se aventurar longe da sua zona de conforto. Normalmente, a pessoa que sai do Brasil e vai para algum país da Europa, Estados Unidos, Austrália ou outro lugar, consegue se habituar ao que é considerado "bom". Como por exemplo, os transportes públicos que funcionam muito bem tanto de dia, quanto à noite, ou então a questão da segurança, onde você pode voltar para casa