Tipologia da Esquizofrenia
Apesar da esquizofrenia ser mostrada como uma entidade nosológica única, é mais apropriado considerá-la um conjunto de síndromes distintas cuja sobreposição de sintomas resulta em um quadro clínico característico que permite o diagnóstico. A esquizofrenia deve ser caracterizada não só pelo conjunto de sinais e sintomas mas também pelo decurso crônico da incapacidade que promove. (ANDREASEN et al, 2000)
De acordo com a quarta edição revisada do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), a esquizofrenia é classificada junto a outras oito categorias de transtornos psicóticos afins: 1. Esquizofreniforme; 2. Esquizoafetivo; 3. Delirante; 4. Breve; 5. Induzido; 6. Decorrente de doenças orgânicas; 7. Decorrente de ingestão de substâncias; 8. Sem Especificação.
Isso mostra que muitas pessoas podem apresentar sinais e sintomas próximos aos da esquizofrenia, o que ressalta a importância do diagnóstico diferencial. Com as manifestações clínicas e a evolução da doenças, vários subtipos foram identificados:
1. Desorganizado, de início insidioso, delírios recorrentes, ausência de catatonia, afeto embotado ou inapropriado, alto grau de isolamento e aumento de remissões; 2. Catatônico, em que predomina a excitação motora ou o estupor; 3. Paranoide, de início tardio e melhor prognóstico, em que sobressai uma ou mais preocupações delirantes, geralmente persecutórias, mas sem sintomas de regresso de linguagem e afeto; 4. Residual, com pelo menos um episódio com sintomas psicóticos no passado e predomínio de sintomas atenuados crônicos; 5. Indiferenciado (American Psychiatric Association, 2000; AFRICA e SCHWARTZ, 1995).
Dentre as características gerais da doença, encontra-se déficit cognitivo em 80% dos pacientes, este déficit já se encontra após o primeiro surto e tende a estabilizar-se após dois anos de doença. Assim sendo, esta alteração é a característica nuclear da doença, visto que não se origina do uso de fármacos ou como