Síndrome compartimental
A síndrome compartimental resulta em uma dor muscular em decorrência dos músculos terem crescido mais rapidamente do que a bainha que os envolve, sendo mais freqüentes nos membros inferiores, principalmente na perna, decorrentes de um maior envolvimento de massa muscular e circulação distal terminal. Isso inclui uma forma de inflamação na tíbia, porém isso também afeta os outros músculos menores da parte inferior da perna. O músculo da tíbia (tibial anterior) ficará rígido, insensível (caso os nervos estejam envolvidos) podendo o paciente ter uma sensação de pressão devido ao excesso de fluido ou desenvolvimento do músculo. A dor é na parte exterior da perna e, diferente da verdadeira inflamação na tíbia, a dor aparece. O diagnóstico é feito com a verificação através de pressão. Alguns músculos crescem tanto que constringem o fluxo sangüíneo na bainha, resultando em necrose do músculo, sendo uma emergência médica. Os nervos na bainha também podem ser pressionados, então é indicada a Cirurgia – fasciotomia – que promove o alívio da pressão e possibilita ao músculo mais espaço para sua expansão.
1. FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL
O comprometimento do suprimento sangüíneo com lesão ou não vascular é um dos principais fatores que levam a deficiência da nutrição celular, através do tamponamento do leito capilar ocasionando o edema muscular, elevação da pressão do compartimento fechado, levando à síndrome de compartimento, resultando em miopatia compressiva e necrose.
A elevação da pressão tecidual maior que 40 mmHg no compartimento sugerem em estudos clínicos experimentais que haveria uma redução relativa na perfusão de nutrientes para o leito capilar e isquemia subseqüente, observando-se aumento da permeabilidade capilar e um aumento adicional no volume muscular com elevação da pressão intercompartimental, que seria indicativo da realização de fasciotomias descompressivas,