Sêneca e a morte

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Felipe César dos Santos

Sêneca e a brevidade da vida: uma análise sobre o discurso da morte nas obras senequianas

UBERABA
2014
INTRODUÇÃO

O presente projeto tem como finalidade analisar o discurso da morte nas obras de Sêneca, priorizando seu tratado Sobre a brevidade da vida, mas não se atando apenas a tal obra. Procurará expor as bases filosóficas existentes em Sêneca, ou seja, as influencias que ele absorveu para embasar seus escritos e pensamentos. Depois será exposto um quadro contextualizando a causa da mudança da forma de ser da filosofia com o advento do helenismo e a queda da antiga polis tradicional e os reflexos que tal fato teve nos escritos filosóficos posteriores, englobando os de Sêneca. O trabalho teve como base inúmeras referencias bibliográficas que primeiramente contextualizavam a sociedade em que Sêneca viveu; segundo, obras que tratavam do estoicismo especificamente; terceiro e ultimo, as suas próprias obras. Tentando compreender por que Sêneca pode nos parecer tão contemporâneo, sendo que o mesmo escreveu a quase dois milênios atrás. E por fim, o tema, em si, já tenta quebrar um pouco o tabu existente, onde quase nunca se deve falar sobre a morte, sendo que ela, entre tão poucas coisas, pode ser considerada um fato natural na passagem do homem pela terra. A vida é finita, com isso, para Sêneca, ela é um eterno aprender a morrer.

DESENVOLVIMENTO

Tratar sobre o tema morte requer cuidados. Primeiro pelo fato que tocar no assunto seja um tabu na sociedade de hoje. A morte chega de inúmeras maneiras às nossas casas, seja por filmes, novelas, seriados, dentre outros, mas quando se trata da própria morte do individuo, ou do seu próximo, o limite é ultrapassado. Segundo, quando tratamos da morte, quase sempre as pessoas ligam o tema imediatamente com a religião, ligando sempre a causa do falecimento à vontade de uma