sétimo e último capítulo, grotesco televisivo
Globo) obtiveram considerável audiência com as “pegadinhas”, que faziam pessoas comuns se submeterem a situações embaraçosas.
Os autores frisam que o meio televisivo não manteve o mesmo padrão em todas as épocas e lugares, primeiro houve o domínio da televisão massiva com financiamento publicitário e audiência cotidiana e o sistema de produção era serializado, homogeneizante com rígida divisão de trabalho. Depois apareceu a televisão segmentada, com rede multiforme, financiamento variado e audiência não necessariamente cotidiana. Mesmo com o advento da TV por assinatura, é a programação aberta a possuidora da maioria dos telespectadores.
Segundo eles, ela tem um ethos de “praça pública” – uma analogia às ideias de
Bakhtin em Rabelais, a praça (ou feira) representa o local propício para as mais diversas manifestações da cultura popular, a exemplo da feira nordestina, onde há a presença de camelôs, repentistas, exibições de prodígios, etc. Este tipo de espaço mantém estreita ligação com a festa, palavra de origem latina que tem conotações religiosas e possui forte ligação com o feriado, a festa e a feira pública.
A festa, em toda sua história, sempre foi considerada um lugar de ritualização dos conflitos em torno do controle social. Nela, de acordo com Sodré e Paiva, podem acontecer o caos das identidades sociamente estabelecidas (paródias, ritos de inversão de papéis sociais), o descontrole das pulsões, e a subversão dos conceitos e das categorias (apelidos, jogos