São sebastião
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho refere-se ao estudo de uma peça de mobiliário denominado “cristaleira”, considerado como um bem cultural, devido, à sua variedade estilística, resultado de processos artísticos e técnicos que transformaram este móvel em símbolo de status em sua trajetória histórica, um objeto com beleza própria que decora as casas e as deixa mais elegantes há séculos.
Pratos copos, taças e talheres, muitas vezes, são considerados obras de arte passando de geração em geração. Por isso, uma cristaleira deve acomodar e expor de modo seguro esses itens. No decorrer desse longo tempo, esse móvel passou por algumas mudanças, mas no fundo e na sua essência permaneceu o mesmo, trazendo sempre um ar de sofisticação para as casas. Nas últimas décadas, as cristaleiras saíram de moda e foram guardadas nos fundos das casas, mas agora voltam com força nas tendências de design e decoração nos diferentes tipos de ambientes. Hoje, esses móveis podem ser encontrados no estilo antigo ou moderno, ficando fácil combinar com a decoração.
Essa pesquisa vai relatar como foi a evolução e o desenvolvimento desse móvel, suas características e estilos, em que períodos na história e lugares pertenceram, bem como sua funcionalidade nos dias de hoje.
2. DESENVOLVIMENTO
3.1 ORIGEM
O móvel evoluiu das cômodas chegadas em Versalhes (França), que por sua vez vieram dos baús. Sua criação veio da luta dos arquitetos para manter um estilo mais “desobstruído”, o armoire. No entanto, seu sentido dominante mudou quando a cômoda se tornou ovelha negra dos arquitetos modernos que promoveram um tipo de armoire completamente diferente, espécies de nichos de armazenamento conhecidos hoje como armários embutidos, guarda-louças e cristaleiras. Conforme Mallalieu (1999), os primeiros guarda-louças eram apenas prateleiras presas nas paredes para guardar taças. No século XV já se fabricavam pequenos armários com portas e pernas compridas e guarda comidas com