São Paulo cidade da intolerância ou o urbanismo á brasileira - João S Whitaker Ferreira
O A cidade capitalista de São Paulo sempre cresce de forma desigual, uma vez que a classe dominante consegue comprar melhores glebas de terras do que os menos privilegiados.
O estado que deveria organizar e produzir homogeneamente a malha urbana foge da responsabilidade e prioriza terrenos em torno de avenidas, ou pontos importantes da cidade, onde tem fácil acesso de transporte, esgoto, água e luz. A questão é que desde o século passado, a diferenciação do uso publico e privado se dá a ao interesse da elite, e isso continua como uma “bola de neve” até hoje.
Valendo lembrar a ligação da politica nesse fato, como por exemplo o embaralho de situação administrativas e burocráticos. A falta de uso para espaços aparentemente mortos, faz com que o abandono destes atraia aqueles que não tem oportunidades.
Nas ultimas décadas, foram se esgotando as áreas permitidas e “aceitáveis” para se morar, e regiões que mesmo protegidas por lei, como mananciais e encostas de rios/represas, começaram a ser tomadas por assentamentos públicos. E onde a palavra publico não se torna pela ajuda do governo, e sim dos próprios moradores, aumentando ainda mais a área de periferia, e afastando cada vez o ideal básico de moradia, e dificultando também, o transporte dessa população até o lugar de trabalho.
Em contrapartida, a alta região se priva e desrespeita os espaços públicos que a cidade oferece, já que dentro dos condomínios já oferecem o mesmo. O aumento do numero de automóveis privados, que também aumenta a poluição do ar, e sendo necessário o aumento das avenidas, sufocando o pouco de natureza que ainda resta.
A cara da cidade muda muito com o tempo, onde antes eram vales e praças, com vilas e casas para todos, agora se tornam edifícios enormes murados, cercados de barracos sem condições de higiene, segurança e saúde. Isso nada