São Bernardo - Graciliano Ramos
SÃO BERNARDO
GRACILIANO RAMOS
PROF. JORGE ALBERTO
I. RESUMO BIOGRÁFICO
Graciliano Ramos, natural de Alagoas, antes de se tornar escritor foi prefeito de Palmeira dos Índios e diretor da Imprensa Oficial de seus estado. Simpatizante do Partido Comunista, foi preso em 1936 e enviado ao presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. essa triste experiência é relatada em Memórias do cárcere. Solto nove meses depois, não voltaria para o Nordeste, fixandose no Rio de Janeiro.
Em 1939, foi nomeado inspetor do Ensino Secundário. Filiouse ao Partido Comunista em
1945, tendo visitado países do Leste europeu (Tchecoslováquia) e União Soviética). Sua vida foi marcada por um caráter firme e uma consciência aguda dos problemas brasileiros. Graciliano Ramos morreu de câncer no pulmão, no Rio de Janeiro, em 1953.
II. OBRA
ROMANCES: Caetés; São Bernardo; Angústia; Vidas Secas; Viagem.
MEMÓRIAS: Infância; Memórias de cárcere.
CONTOS: Histórias de Alexandre; Alexandre e outros heróis; Insônia.
CRÔNICAS: Linhas tortas; Viventes das Alagoas.
III. LINGUAGEM & ESTILO
A prosa de Graciliano Ramos caracterizase por uma linguagem direta, enxuta, em que não sobram nem faltam palavras. Seu estilo, tenso e ao mesmo tempo contido, revela um escritor preocupado com o equilíbrio e a exatidão na forma. Seus temas contemplam o mundo rural do
Nordeste, cujas desigualdades ele denuncia. Ao produzir uma literatura engajada, Graciliano Ramos não abandona suas preocupações com o texto. Sua técnica narrativa supera as limitações típicas dos escritores engajados, que muitas vezes se deixam levar pela matéria a ser narrada, descuidando do modo de narrar.
Vidas secas e São Bernardo, seus livros mais importantes, ambientamse no espaço rural do
Nordeste. O primeiro tornouse exemplo acabado de sua prosa