Sustentabilidade
A busca por construções sustentáveis é de suma importância para a vida no planeta, pois os recursos são finitos e o crescimento da população e de atividades tem provocado há séculos graves agressões contra o meio ambiente. Não há construções que não gere impacto, a busca é por intervenções que os ocasionem em menor escala (PISANI, 2003). O solo como material de construção é uma das tentativas de superar esse desgaste, pois este material é farto em todo o planeta.
De acordo com Pisani (2003), na história da arquitetura, moradias com terra crua já datam de mais de cinco mil anos. O solo-cimento é empregado desde a primeira década do século XX nos Estados Unidos e as pesquisas precursoras sobre o material são de 1935, feitas junto a PCA - Portland Cement Association. A partir de 1960 o solo-cimento começa a ter vários estudos científicos e estas pesquisas começam a ser divulgadas, pelo IPT - Instituto de Pesquisas tecnológicas do Estado de São Paulo e a ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland.
A técnica da fabricação com solo-cimento na construção de habitações no Brasil teve inicio em 1948, com a construção de casas do Vale Florido, na fazenda Inglesa, em Petrópolis, Rio de Janeiro. O tijolo é composto de uma mistura de solo (95%), água e cimento (5%) A mistura é prensada a 12 mil quilos de pressão e colocada em ar livre para endurecer, dispensando o uso de forno para cozimento.
Na produção do tijolo de solo-cimento, o solo pode ser retirado da superfície da terra sem causar dano à natureza, na sua fabricação não consome lenha ou outro combustível para ser queimados em fornos, utilizando apenas a energia solar, portanto não produz fumaça (monóxido de carbono), não consome argila (que vêm de reservas naturais pequenas e não-renováveis), como é o caso dos tijolos convencionais produzidos em olarias (AÇÃO MORADIA 2007). Os tijolos que se quebram, são triturados e destorroados e novamente transformados em tijolos.