sustentabilidade
Sustentabilidade, Consumo e Publicidade
Lisa Gunn
Nos últimos cinqüenta anos, a população mundial mais do que dobrou, indo de 2,5 bilhões (1950) para 6 bilhões
(2000). Durante esse mesmo período, a industrialização permitiu que o consumo aumentasse exponencialmente; como conseqüência, a poluição e o lixo também aumentaram. Já faz algum tempo que o planeta vem dando sinais de que não pode suportar o nosso modo de vida, e estudo indicam que hoje, mesmo com grande parte da população mundial excluída, já consumismo 20% por ano a mais de recursos naturais renováveis do que o planeta
Terra é capaz de regenerar.
Ainda há uma dificuldade em relacionar os problemas ambientais aos nossos hábitos de consumo cotidianos.
Quando compramos uma roupa, não pensamos nos agrotóxicos usados na plantação de algodão ou no trabalho escravo encontrado nas fazendas.
Entretanto, se queremos justiça social e preservação da natureza, vamos ter de mudar nossos hábitos de consumo. Nossa sociedade é chamada de “sociedade de consumo” porque consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da idéia inicial de satisfazer necessidades para se tornar até uma doença. Consumimos de forma impulsiva, e “ser alguém” passa a estar associado a posse de determinados produtos ou ao uso de determinados serviços. O consumismo não existiria sem a publicidade, ferramenta fundamental para influenciar padrões de consumo, formar estilos de vida e, consequentemente, criar necessidades que, independente de serem físicas e biológicas, podem ser psicossociais. A publicidade é a ponte entre produção e o consumo: demonstra a necessidade de se consumir um produto ou um serviço para que tenhamos certo estilo de vida ou possamos pertencer a determinada
“tribo”.
Precisamos desenvolver nossa capacidade de avaliar criticamente as peças publicitárias para evitar a manipulação da nossa liberdade de escolha.
As empresas devem compreender que a sustentabilidade – entendida como viabilidade