Sustentabilidade na contabilidade
O titulo traz ao conhecimento os primórdios da sustentabilidade na contabilidade, retratando o conceito abordado no tema a desenvolver.
Para muitas pessoas, mesmo no presente, "desenvolvimento" é ainda sinônimo de "crescimento econômico". No entanto, o "desenvolvimento" tem obrigatoriamente que integrar outras perspectivas - tais como o bem-estar social e qualidade ambiental - sob risco de se esgotar o capital planetário que permite a prosperidade econômica. No limite, se destruírem os recursos naturais de que dependemos, o crescimento econômico deixa de existir. Por exemplo, sem petróleo, carvão, gás natural, entre outros, a sociedade não sabe garantir a energia para a sua atividade econômica; sem solo fértil e água limpa não é possível produzir alimentos e recursos florestais essenciais à sobrevivência... Ou seja, descurar o ambiente significa pôr em causa não apenas a prosperidade econômica, mas também a sobrevivência da espécie humana ou, pelo menos, da sociedade desenvolvida tal como a conhecemos.
A preocupação em introduzir o problema do meio ambiente nas políticas e nas teorias vem da déc de 60, quando surgiram movimentos sociais de grande importância, no bojo dos quais se gerou inclusive o da luta ambientalista. O movimento hippie é talvez o caldo de cultura em países desenvolvidos que gerou grande parte das alterações de valores e de hábitos e costumes.
Na déc. de 70, mais caracterizada pela Guerra Fria, se realizaram diversas reuniões internacionais extremamente alarmistas sobre o crescimento populacional e a ameaça de escassez dos recursos naturais para alimentar essa população. Foi também uma década politicamente muito tensa, com muitas ditaduras e perseguições. Por outro lado, também se desenvolveram as primeiras linhas mais conseqüentes dos movimentos ambientalistas. Foi nessa ocasião que o sócio-economista Ignacy Sachs cunhou a expressão “eco-desenvolvimento”, indicando que o desenvolvimento deveria incorporar aspectos ecológicos.