Surgimento dos primeiros seres vivos
Estudos dizem que o protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, onde em pouco tempo a condensação dessa massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras manifestações dos seres vivos.
Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, são: as células albuminóides, as amebas e todas as organizações unicelulares, isoladas e livres, que se multiplicam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos.
Com o escoar incessante do tempo, esses seres primordiais se movem ao longo das águas, onde encontram o oxigênio necessário ao entretenimento da vida, elemento que a terra firme não possuía ainda em proporções de manter a existência animal, antes das grandes vegetações; esses seres rudimentares somente revelam um sentido - o do tato, que deu origem a todos os outros, em função de aperfeiçoamento dos organismos superiores.
Segundo Oparin, os primeiros seres vivos da Terra eram unicelulares, heterotróficos e alimentavam-se de substâncias existentes nos oceanos. Com o passar do tempo, o número desses seres primitivos aumentou muito e os alimentos existentes nos oceanos foram lentamente se tornando insuficiente para todos. Mas milhões de anos depois, após muitas modificações ocorridas no material genético, alguns desses seres tornaram-se capazes de produzir clorofila e fazer fotossíntese. Surgiram, então os primeiros seres autotróficos, que produziam o alimento necessário para manter a vida na Terra. Foi a partir desses dois tipos de seres que se desenvolveu a vida na Terra, onde foram se diferenciando cada vez mais e lentamente, originando todos os seres vivos que conhecemos hoje, inclusive o homem.