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O filósofo francês Jean Paul Sartre (1905-1980) nasceu e viveu em Paris. Sua produção intelectual é vasta e variada: é dos raros filósofos que se dedicaram não apenas à produção de textos de filosofia, mas também de literatura, teatro, crítica literária, ensaios sobre política, cinema, pintura, etc. Além disso, foi um ativista político, não de forma partidária, mas como intelectual engajado em causas libertárias; sua atividade se deu por meio de artigos, manifestos, entrevistas. No auge de sua carreira – artista, literato e político de prestígio mundial – negou-se a receber o Prêmio Nobel de Literatura, que lhe foi atribuído em 1964. Receber essa honraria, para Sartre, significaria reconhecer a autoridade da Academia Real da Suécia, comissão julgadora do prêmio. E para onde iria a sua liberdade, sua autonomia de criação? Sartre faleceu em 1980 e pode-se dizer que foi aclamado como um herói nacional quando o cortejo de seu enterro parou a cidade de Paris. Geralmente o nome de Sartre é associado à corrente filosófica conhecida como existencialismo, uma linha de pensamento que acredita que não há ordem no universo e não há objetivos certos ou errados. Os indivíduos são livres para criar sua própria vida de acordo com as escolhas que fizerem, e devem ser responsáveis por suas ações. Na sequencia veremos como Sartre pensa a liberdade. Aristóteles ensinou que a essência é o que faz com que uma coisa seja o que é e não outra coisa qualquer. Da essência não fazem parte qualidades acidentais. Por exemplo: o fato de a caneta ser azul ou verde, pequena ou grande, cara ou barata não diz respeito à sua essência. O fato de ser um instrumento usado para escrever, ser à tinta e de formato adaptável à mão humana é que dita a essência da caneta. Vamos ver como isso acontece ao ser humano segundo a corrente aristotélica e segundo o existencialismo. Para muitos pensadores aristotélicos, o homem tem uma essência – animal racional – que pertence