Superávit na balança comercial com câmbio valorizado, uma realidade duradoura?
Do início de janeiro até o final da 2ª semana de abril, o superávit alcançou US$ 10,64 bilhões, um crescimento de 23,8% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 8,60 bilhões), segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento. No acumulado do ano, até o dia 9 de abril, as compras de produtos chegaram a US$ 21,579 bilhões, e as vendas ao exterior, a US$ 32,221 bilhões. Tendo sido considerado o principal responsável dos déficits da balança comercial nas últimas décadas, o petróleo vem ajudando a impulsionar o saldo da balança comercial. As exportações no primeiro trimestre atingiram, aproximadamente, US$ 2,6 bilhões, gerando um pequeno superávit no segmento, e se transformando no principal responsável pelo superávit da balança comercial em tempos de real forte. O salto nas vendas externas de petróleo e derivados respondeu por 25% do aumento nas exportações de janeiro a março deste ano em relação a igual período do ano passado.
No primeiro trimestre desse ano, as exportações brasileiras aumentaram 20%, para US$ 29,4 bilhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento. Sem o desempenho da “família” petróleo, esse crescimento teria sido mais modesto: 15%. A explosão dos preços do petróleo no mercado internacional vêm contribuindo para o bom desempenho das exportações do produto. A cotação barril de petróleo subiu 46,2% em 2005 e mais 14,5% em 2006, batendo a cada dia, preços recordes por barril, valendo ressaltar que estes resultados ainda, consolidam um pequeno superávit na balança comercial deste produto, que deverá evoluir ao longo do ano,