Evolução dos fatores de produção no sec. xx
Unidade: 1.0 – A EVOLUÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO NO SÉC. XX
1.1 – Os fatores da produção industrial
Ciclos tecnológicos da Revolução Industrial
A Revolução Industrial divide a história das civilizações em duas épocas nitidamente diferentes. Antes dela, a economia repousava sobre uma base técnica que evoluía apenas muito lentamente. Depois dela, a transformação tecnológica transformou-se no fundamento da vida econômica. Do ponto de vista social e cultural, as civilizações pré-industriais norteavam-se pela tradição, enquanto a civilização industrial orienta-se pela mudança.
A economia industrial desenvolve-se, desde o nascimento das primeiras fábricas, através de ciclos longos que começam com uma fase de rápido crescimento e acumulação de capital, atravessam uma fase de estabilização e, em seguida, conhecem uma fase descendente caracterizada pela redução do crescimento e dos lucros empresariais. O economista russo Nikolai Krondatieff, pesquisando na década de 1920 as estatísticas de produção industrial, consumo, preços, juros e salários da Grã-Bretanha, Estados Unidos e França, foi o primeiro a registrar esses ciclos longos. Mais tarde, o economista austríaco Joseph Schumpeter estudou-os em profundidade, conseguindo associá-los à marcha da inovação tecnológica.
A "destruição criadora"
De acordo com Schumpeter, a economia industrial evolui por meio da "destruição criadora". Quando um conjunto de novas tecnologias encontra aplicação produtiva, as tecnologias tradicionais são "destruídas", isto é, deixam de criar produtos capazes de competir no mercado e acabam sendo abandonadas. Na fase inicial, ascendente, do ciclo, as novas tecnologias distinguem os empresários inovadores dos que continuam utilizando as tecnologias tradicionais. Os inovadores são "premiados" com elevadas taxas de lucros e erguem verdadeiros impérios empresariais. Na fase de estabilização, os lucros caem para patamares menores, pois a maior parte das empresas adotou o