Sumarização
Os dois garotos correram até a entrada da casa. “Veja, eu disse a você que hoje era um bom dia para brincar aqui”, disse Eduardo. “Mamãe nunca está em casa na quinta-feira”, ele acrescentou. Altos arbustos escondiam a entrada da casa: os meninos podiam correr no jardim extremamente bem cuidado. “Eu não sabia que sua casa era tão grande”, disse Marcos. “É, mas ela está mais bonita agora, desde que meu pai mandou revestir com pedras essa parede lateral e colocou uma lareira”. Havia portas na frente e atrás e uma porta lateral de acesso à garagem, que estava vazia exceto pelas três bicicletas com marchas, guardadas ali. Eles entraram pela porta lateral; Eduardo explicou que ela ficava sempre aberta para suas irmãs mais novas entrarem e saírem sem dificuldade.
Marcos queria conhecer a casa, então Eduardo começou a mostrá-la pela sala de estar. Estava recém-pintada, como o resto do primeiro andar. Eduardo ligou o som: o barulho preocupou Marcos. “Não se preocupe, a casa mais próxima está a quilômetros daqui”, gritou Eduardo. Marcos se sentiu mais confortável ao observar que nenhuma casa podia ser vista em qualquer direção do enorme jardim.
A sala de jantar, com toda a porcelana, prata e cristais, não era lugar de brincar: os garotos foram para a cozinha, onde fizeram um lanche. Eduardo disse que não era para usar o lavabo porque ele ficara úmido e mofado, uma vez que o encanamento arrebentara.
“Aqui é onde meu pai guarda suas coleções de selos e moedas raras”, disse Eduardo, enquanto eles davam uma olhada no escritório – além do escritório, havia três quartos no andar superior da casa.
Eduardo mostrou a Marcos o closet de sua mãe cheio de roupas e o cofre trancado, onde havia jóias. O quarto de suas irmãs não era tão interessante, exceto pela televisão com o Atari. Eduardo comentou que o melhor de tudo era que o banheiro do corredor era seu desde que um outro foi construído no quarto de suas irmãs. Não era tão bonito como o de seus pais, que estava