Suicídio como fato social - fichamento
DURKHEIM, Émile. O suicídio: estudo de sociologia; tradução: Monica Stahel. - São Paulo: Martins Fontes, 2000. - (Coleção Tópicos)
Introdução (pp. 9-27):
- Definição de suicídio
“(...)[o cientista] é obrigado a constituir os grupos que deseja estudar, a fim de lhes dar a homogeneidade e a especificidade que lhes são necessárias para poderem ser tratados. (...) Nossa primeira tarefa deve ser, então, determinar a ordem dos fatos que nos propomos a estudar sob o nome suicídios.” (p.10)
“Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato, positivo ou negativo, realizado pela própria vítima e que ela sabia que produziria esse resultado.” (p.14)
- Suicídio como fato social
“Mas o fato assim definido interessará ao sociólogo? Uma vez que o suicídio é um ato do indivíduo que afeta apenas o indivíduo, parece que deve depender exclusivamente de fatores individuais (...). Se, em vez de enxergá-los apenas como acontecimentos particulares, isolados uns dos outros, considerarmos o conjunto de suicídios cometidos numa determinada sociedade durante uma determinada unidade de tempo, constateremos que o total assim obtido não é uma simples soma de unidade independentes, mas que constitui por si mesmo um fato novo (...) e eminentemente social. Com efeito, para uma mesma sociedade, desde que a observação, não abranja um período por demais extenso, esse número é quase invariável(...)” (pp. 16-17)
[página 18: Tabela de constância do suicídio nos principais países da Europa, como prova de que as taxas de suicídio se mantêm relativamente estáveis em comparação com períodos próximos em determinados países]
“Cada sociedade tem, portanto, em cada momento de sua história, uma disposição definida para o suicídio.” (p. 19)
“A taxa de suicídios constitui, portanto, uma ordem de fatos única e determinada; isso é o que demonstram, ao mesmo tempo, sua permanência e sua variabilidade. (...) Cada sociedade se