Fichamento: O suicídio
Antes mesmo de tratar das causas do suicídio, Émile Durkheim o apresenta como algo de natureza eminentemente social. Apesar de assumir que o suicídio afeta apenas o indivíduo e análise singular se dar apenas no campo da Psicologia.
Durkheim se propõe analisar as taxas de mortalidade no âmbito europeu, considerando os movimentos sociais que compunham o contexto histórico destas mortes. Um de seus exemplos é a Alemanha de 1866, onde houve 2485 suicídios, e no ano posterior, 1867, ocorreram 3625 suicídio (um aumento de aproximadamente 45%). Esta frande elevação, Durkheim atribui à gurra Franco-Prussiana iniciado em 1866; afirmando que “a evolução do suicídio compõe-se assim de ondas de movimento, distintas e sucessivas, que ocorrem por ímpetos, desenvolvendo-se durante um tempo, depois se detendo, para em seguida recomeçar”.
Para ele, o suicídio pode ser executado de forma direta ou indireta pelo indivíduo, além de ser caracterizado de três maneiras:
1- Suicídio Egoísta: Se manifesta quando as relações entre o indivíduo e a sociedade se tornam extremamente fracas, fazendo com que o indivíduo não deseje mais viver; tudo isto não lhe faz mais sentido.
2- Suicídio Altruísta: Ocorre quando o ego do indivíduo se torna um com a causa com a qual ele se sente na obrigação de defender, levando-o às últimas consequências.
3- Suicídio Anômico: Esta última forma foi um conceito formulado pelo próprio Durkheim. Os indivíduos são levados a esta forma de suicídio quando há grandes crises e turbulências sociais. A desregulação da sociedade não é suportada.
Fica evidente, seguindo sua forma de pensar, o caráter sociológico do suicídio, atestado por Émile Durkheim. O que o classifica como um Fato Social, segundo a Sociologia do autor, resultando da coerção exercida sobre o indivíduo.