Suicidio - exercicio
O projeto de transposição do São Francisco é polêmico. Pequenos agricultores e sem-terra já fizeram passeatas, inclusive em Brasília, contra a transposição. O bispo Frei Luiz Flávio Cappio fez duas greves de fome contra o projeto (uma em 2005, outra em 2007). A primeira acabou atrasando o início do projeto. A segunda acompanhou o trâmite do recurso de paralisação das obras que acabou caindo. Cientistas renomados como o geógrafo Aziz Ab´Saber condenam o projeto. Ecologistas alertam para o risco ambiental. Do outro lado, o governo federal argumenta que a transposição é uma medida mais eficiente que as comuns ações mitigadoras como a abertura de cisternas (armazenadores da água das chuvas) ou açudes. Veja os principais pontos da polêmica:
Tópico O que diz quem é contra O que diz quem é a favor
Discussão com a sociedade Os críticos dizem que as discussões estão sendo restritas e feitas a toque de caixa. O governo diz que todas as etapas estão sendo discutidas.
Beneficiados Os movimentos sociais argumentam que os maiores beneficiados serão os grandes produtores e empresas ligadas a grandes projetos como o Ceara Steel. Os pequenos agricultores poderão acabar perdendo recursos. Eles questionam também o número de pessoas beneficiadas. Os idealizadores dizem que 12 milhões de pessoas serão beneficiadas e que a irrigação de pólos agrícolas aquecerá a economia e aumentará o número de empregos.
Custo Os críticos dizem que há alternativas mais baratas como cisternas para mitigar os problemas da seca. Para os defensores, as cisternas não resolveriam o problema. Segundo seus cálculos, um milhão de cisternas podem armazenar 23 milhões de metros cúbicos. Já a transposição conseguirá levar 35 vezes mais água para quem precisa.
Meio-ambiente Ecologistas questionam o projeto que pode causar danos para a fauna e flora regional como aconteceu com a construção do reservatório de Sobradinho. Serão desmatados 430 hectares. Os idealizadores dizem que o projeto