Resumo: O suicídio – Émile Durkheim Para Durkheim o suicídio trata-se de uma ação cuja raiz reside na desorganização social. Desta forma, não pode ser encarado como tratando-se de uma ação individual ou decisão de caráter pessoal, sendo antes causado por uma força para alem do controlo humano. Visto ser o suicídio uma manifestação de condições sociais complexas, o seu diagnóstico deverá ter em conta os fatores claramente sociológicos na sua origem. Segundo Durkheim, o homem encontra-se sob constante influência de fatores Físicos/Ecológicos que têm sobre si uma influência positiva ou negativa na prática do suicídio. Este não é de natureza geográfica ou hereditária. A sua raiz social deve-se á indisponibilidade de recursos que têm como implicação a ausência de felicidade no homem na medida em que os seus requisitos básicos não se encontram preenchidos. É nesta altura que germina a semente do suicídio. Durkheim justifica que enquanto o suicídio ocorre em todas as sociedades, a sua taxa em diferentes grupos é distinta no seio da mesma sociedade e é estável ao longo do tempo. Estas diferenças e estabilidades de incidência nos grupos, indicam existir algo para além da psicologia, envolvido na decisão de o cometer. Segundo Durkeim, é simplesmente impossível explicar ou interpretar as características e comportamentos de grupos humanos numa base puramente psicológica ou biológica. Muito do que, e de quem somos, como nos comportamos, e as nossas crenças, são devidas a forças sociais. A ausência de grupos de apoio social postos ao serviço da causa do sofrimento da pessoa comum e a frustração devida aos objetivos gorados, assombram o pensamento individual e estão na origem do ato de suicídio. O aumento das necessidades, a degradação dos valores sociais, e a ausência de exercícios de controlo moral, são alguns dos fatores importantes responsáveis pelo aumento das taxas mundiais de suicídio. Outros fatores como a ausência de solidariedade social, de uma forte condição