Subjetividade
Precisamos entender a organização social como sendo esta, Subjetividade Social com todos os emaranhados de significações, com suas transformações, emoções e nuances.
No primeiro contato se dá, normalmente, no lar, com a família onde experimentamos várias sensações. Aos poucos nosso principal objetivo passa pelas mediações das palavras, de emoções e de ações. Vamos, assim, caminhando num processo de aquisição de nossa subjetividade, desenvolvendo novas habilidades nessa relação dialética com a sociedade.
É importante salientar que, nessa produção de sentidos, o processo de subjetivação constituído pelos sistemas humanos se dá de maneira que suas necessidades sejam supridas. Destarte, a produção de realidades (mitos, histórias e valores, por exemplo) obedece, de igual maneira, a uma ordem interna, ao sistema subjetivo ali constituído e, por isso mesmo, alheias a uma ordem natural externa.
Filme: Vermelho Como o Céu
Vermelho Como o Céu é baseado em fatos reais, cuja autoria é de Daniele Mazzoca e Cristiano Bartone em Toscana, verão de 1970. O Mirco, protagonista do filme, nasceu e criou-se numa comunidade pequena, sob os cuidados dos pais e, portanto, tinha uma vida tranquila. Seus desejos, suas aspirações, seus sentimentos, sua visão de mundo foram construídas conforme sua cultura, seu contexto sócio-histórico. Um certo dia sofreu um acidente, perdeu, praticamente, cem por cento da visão. No primeiro momento, Mirco é obrigado a deixar a proteção do seu primeiro convívio para passar a viver e a conviver com uma outra realidade, um internato para deficientes visuais, com uma subjetividade social totalmente avessa à sua. Entretanto, como o sujeito subjetivo é aquele que pode (e deve) interferir no meio no qual está inserido, apesar de todas as dificuldades para (re) socializar-se, uma vez que, se assim não fosse ele não conseguiria viver naquele ambiente. Pois, como assinalado nesse trabalho: indivíduo e sociedade são