Streptococcus pneumoniae
Mesmo sendo conhecida desde o tempo da Grécia Antiga ¬¬– sendo inclusive batizada por Hipócrates –, a infecção pneumocócica só foi ser mais bem compreendida e combatida na segunda metade do século XIX. O mais importante passo foi dado em 1880 quando, Louis Pasteur e George Miller Sternberg conseguiram isolar o Streptococcus Pneumoniae pela primeira vez. Tanto Sternberg quanto Pasteur utilizaram coelhos em suas experiências. Pasteur inoculou os animais com a saliva de uma criança que havia morrido de raiva e Sternberg usou sua própria saliva para fazer o mesmo procedimento.
A partir dessa descoberta, outros importantes avanços foram conseguidos.
Em 1886, o austríaco Weichselbaum relacionou o pneumococo com a pneumonia lobar. Onze anos depois os franceses Bezançon e Griffon detectaram, com o uso de soro de coelho, diferenças nas reações de aglutinação de vários alguns tipos de pneumococos. Descobria-se, portanto, que havia diferentes tipos de pneumococos.
Em relação aos diferentes tipos de pneumococos, várias classificações foram criadas ao longo dos anos. Primeiramente, em 1910, Neufeld e Handel identificaram os tipos capsulares 1 e 2. Os dois utilizaram uma técnica descoberta em 1900 por Neufeld e que é utilizada até hoje para a identificação dos tipos de pneumococos, levando em conta o efeito lítico da bílis em cada pneumococo. Neufeld também foi quem descreveu a reação de Quellug, que também é utilizada nos dias atuais para determinar os tipos capsulares. Com esse aparato, em 1913, Dochez e Gillespie identificaram e dividiram os pneumococos em quatro categorias (de I a IV). No mesmo ano, Lister identificou cinco grupos (A a E) diferentes da bactéria após um estudo da opsonização de pneumococos isolados de sul-africanos nativos utilizando soro de doentes com pneumonia. Na década seguinte, em Nova Iorque, Cooper usou o método de aglutinação através de soro monovalente de coelho e cavalo para