Stephanie

Aula 05: Educação não formal OBJETIVO: apresentar o histórico da educação não formal e conceituá-la para que, nas próximas aulas, você entenda qual é o papel do educador social. “Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que aprendemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios, em que variados gestos de alunos, de pessoal administrativo, de pessoal docente se cruzam cheios de significação.” Paulo Freire Ghanem e Trilla (2008), reportando-se ao barão Charles de Montesquieu, que viveu no século XVIII, salientam que o ser humano recebe três educações diferentes, que são: a educação dos pais, a educação dos mestres e a educação do mundo. Aponta que, se Montesquieu vivesse atualmente, ele acrescentaria um quarto tipo de educação, a não formal, pois ela é: [...] um tipo de educação que não provém da família, não consiste na influência, tão difusa quanto poderosa, que se dá no relacionamento direto do indivíduo com “o mundo”, nem é aquela que se recebe do sistema escolar propriamente dito. (GHANEM e TRILLA, 2008, p. 16) Para ele, a educação não formal sempre existiu, mas a generalidade da escolarização, ocorrida no século XIX, fez com que a educação formal passasse a ser o centro do discurso pedagógico. Nessa época, a escola era o lugar da ação educativa, a ponto de se confundir os termos educação e escolarização. O autor complementa que as políticas educacionais dos séculos XIX e XX tinham como foco discutir o acesso de todas as crianças à escola e a melhoria da qualidade do ensino, pois se entendia que o desenvolvimento das potencialidades humanas ocorria exclusivamente na escola. No entanto, no que diz respeito à perspectiva pedagógica, vários fatores foram determinantes para tirar a hegemonia da escola. Entre eles, cita os seguintes: 1) o