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DESINFECÇÃO
Carlos Chernicharo, Luiz Antonio Daniel, Maurício Sens e Bruno Coraucci Filho
7.1 INTRODUÇÃO
O interesse na desinfecção dos esgotos é cada vez maior, dado a crescente deterioração das fontes de abastecimento de água para uso humano. O objetivo principal da desinfecção de esgotos é destruir os patogênicos entéricos, que podem estar presentes no efluente tratado, para tornar a água receptora segura para uso posterior.
No passado, a opção escolhida para disposição dos esgotos foi o despejo, no ambiente, em forma completamente descontrolada, seja em pequena escala (poços negros, fossas sépticas e sumidouros), ou em grande escala. Até algumas décadas atrás existia abundante disponibilidade de águas subterrâneas e superficiais em bom grau de qualidade, e a capacidade de depuração natural do ambiente ainda dissimulava os efeitos dos lançamentos dos dejetos e produtos residuais da atividade humana, diretamte ainda dissimulava os efeitos dos lançamentos dos dejetos e produtos residuais da atividade humana, diretamente no ambiente, sob a antiga premissa de que “a solução à contaminação é a diluição”.
Na atualidade, os efeitos de degradação estão ficando tão evidentes, que não é mais possível ficar alheio ao problema. Todas as utilidades tradicionais da água, como abastecimento, irrigação agrícola, reservatórios naturais, cultura de peixes e moluscos e recreação, entre outras, poderão ficar ainda mais comprometidas, caso sejam mantidas as políticas atuais para o setor de saneamento, levando à uma situação de escassez, carestia e diminuição da qualidade de vida. Como ilustração, o custo das águas para abastecimento está sendo cada vez maior, devido à necessidade de tratamentos mais caros para eliminar as substâncias que chegam junto com as águas das fontes de captação (muitas das quais estão adquirindo cada vez mais características correspondentes a águas servidas). O tratamento de esgotos, até agora