sssss
Em “A Política como Vocação”, Weber discorre também sobre o surgimento de uma figura muito peculiar no Ocidente: o político profissional. “Existe o político que vive para a política, levando para o cargo seu prestígio social, e o que vive da política, que tira da política seu prestígio e seu dinheiro. No Brasil nós temos os dois casos”, completa o professor, que lança o livro “Banco Central do Brasil – O Leviatã Ibérico, uma Interpretação do Brasil Contemporâneo”, no dia 4 de outubro, na Livraria Travessa do Leblon, Rio de Janeiro. Além do famoso ‘‘A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo’’, lançado em 1904 e 1905, livro em que refuta a ideia de “capitalismo primitivo” de Marx, Weber tem outro texto muito importante, o ensaio “A Política como Vocação”, escrito em 1919, no qual elaborou um conceito que se tornou clássico para o pensamento ocidental: o Estado como detentor da violência.
“Weber foi um erudito alemão que viveu em uma época muito especial do país, quando a Alemanha estava sendo unificada. Tudo que ele viu serviu de influência para sua obra. Diferentemente dos intelectuais do século XX, Weber fez parte de um grupo de pensadores que tinha uma formação muita ampla, trabalhando com várias temáticas, verdadeiros cientistas sociais completos. Sobre a violência do Estado, ele afirmava que não dá para definir o Estado por seus objetivos, mas somente pelos meios que empregava. Só o Estado pode ter armas, exigir multas... O Estado se reconhece como autoridade, mas, em último caso, ele pode usar o aparato do constrangimento. Os Estados mais violentos são as ditaduras, os menos violentos são as democracias. Quando o povo se