sssss
André Luiz Avelino
Graduando em Filosofia – FFLCH – USP
Helenos
Os gregos, na antiguidade clássica, se caracterizavam por uma sensibilidade exacerbada para o sofrimento e uma grande sensibilidade artística que se explica pela força de seus instintos.Por causa da força de seus instintos a vida dos helenos era rica em sofrimentos.
Perigo de vida – O Pessimismo.
A dolorosa violência da existência, devido à força de seus instintos, pode levá-los ao pessimismo, a negação da própria existência, o aniquilamento da vida. A materialidade deste pessimismo é a “sabedoria popular” ou “filosofia do povo”.
O Antídoto.
A arte grega tem origem nesta problemática. O mesmo instinto que cria a arte cria a religião. Os gregos criam a religião, os deuses olímpicos, para tomar a vida desejável. A criação da arte apolínea é expressão de uma necessidade, pois a vida só se torna possível pelas miragens artísticas. Para que o grego, povo exposto ao sofrimento, pudesse viver foi necessário mascarar os terrores e atrocidades da existência com os deuses olímpicos, da alegria e da beleza, filhos do sonho. A arte Apolínea é um modo de reagir a um saber pessimista do aniquilamento da vida. Os deuses olímpicos não foram criados como uma maneira de escapar do mundo em nome do além-túmulo, nem como forma de ditar um comportamento religioso baseado na ascese, na espiritualidade, no dever. A religião grega é expressão de uma religião de vida, inteiramente imanente, que diviniza (torna belo) o que existe.Para escapar do saber pessimista, o grego cria um mundo de beleza que ao invés de expressar a verdade do mundo, é uma estratégia para que ela não ecloda.
O Conceito de beleza.
Para os helenos beleza é medida, harmonia, ordem, proporção, delimitação, calma e liberdade com relação às emoções (serenidade). Contra a dor, o sofrimento, e a morte, o grego diviniza o mundo, torna-o belo, criando a beleza. Não existe belo natural, o belo é uma aparência (critica a Sócrates e