souza e cruz
João da Cruz e Sousa era Filho de Guilherme da Cruz, mestre pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, lavadeira, ambos negros e escravos, alforriados por seu senhor, o coronel Guilherme Xavier de Sousa. Do coronel, o menino João recebeu o último sobrenome e a proteção, tendo vivido em sua casa como filho de criação. Estudou no Ateneu Provincial Catarinense, de 1871 a 1875, onde aprendeu francês, inglês, latim, grego, matemática e ciências naturais. Aos oito anos, já recitava versos seus, em homenagem a seu protetor.Por ser negro, sofreu com o preconceito racial: Não pôde, por exemplo, assumir o cargo de Promotor Público em Laguna, Santa Catarina.
Começou sua carreira jornalística e literária em Desterro, colaborando para jornais e escrevendo textos abolicionistas. Nessa época publicou “Tropos e Fantasias” em parceria com Virgílio Várzea.
Apesar de tanto sofrimento, Cruz e Sousa é considerado o maior e melhor escritor simbolista brasileiro, suas obras “Missal” e “Broquéis” marcam o início deste período literário no Brasil, em 1893.
Os simbolistas procuravam obter em suas obras variados efeitos sonoros e rítmicos, além do gosto pela linguagem rebuscada.
Cruz e Sousa, é claro, não fugiu destas características, além delas, seus textos falam sobre morte, Deus, mistérios da vida e personagens marginalizados.
Sua linguagem é muito rica e seus poemas mais longos possuem grande musicalidade.
Outras características
- Pessimismo - Perfeccionismo formal
- Metáforas
O Dante Negro (como foi apelidado) também trabalhou em uma companhia teatral e na Estrada de Ferro Central do Brasil.
Infelizmente, teve uma vida sofrida (como já foi dito antes), além do preconceito racial, a tuberculose destruiu sua família e a loucura se apoderou de sua esposa.
Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, Santa Catarina, no dia 24 de novembro de 1861,faleceu aos
36 anos, em 19 de março de 1898, vítima do agravamento no quadro de tuberculose.