Sou um colatra.
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O CÂMBIO DE EQUILÍBRIO DO BRASILRESUMO
O artigo procura estimar o câmbio de equilíbrio da economia brasileira ao longo do período 1975-1998. Três metodologias de cálculo, baseadas em modelos de paridade do poder de compra, câmbio fundamental e câmbio estrutural, são utilizadas. Mostra também que a defasagem cambial existente em meados de 1998 não recomendava, pelo menos do ponto de vista de correção de um potencial problema de competitividade, os riscos da adoção de um novo regime cambial naquele momento.
Palavras-chave: câmbio de equilíbrio, defasagem cambial, PLANO REAL.
INTRODUÇÃO
A década de 90, o Brasil vivia um período rico em experiências de regimes cambiais na economia. Ela começa com a substancial redução, por meio da criação do Dólar Turismo e da operacionalização da Carta Circular nº 5 do Banco Central. A partir da implantação do Plano Real, em julho de 1994, o país convive com um regime de flutuação pura, que é logo sucedido, em fevereiro de 1995, por um regime de bandas de câmbio.
O presente trabalho representa um esforço de cálculo da taxa de câmbio de equilíbrio da economia brasileira. Sua motivação principal é apresentar a evolução do câmbio de equilíbrio da economia brasileira e assim contribuir para o debate em torno da natureza da crise cambial de janeiro de 1999.
1. A paridade do poder de compra
A partir da definição da taxa de câmbio real, a metodologia do PPC define o câmbio de equilíbrio como aquele determinado por um “período-base” específico.
Em vez de definir o câmbio de equilíbrio como aquele de um período-base, definimos como câmbio médio de todo o período considerado (1975-1998). Isto é, o câmbio de equilíbrio é aquele definido pela estimação da equação CRE = a+et.
Vale lembrar que uma apreciação da taxa de câmbio real é uma resposta natural a ganhos de produtividade observados em uma economia em transformação, como a economia brasileira nos anos 90.
2. O câmbio de equilíbrio fundamental
Embora o conceito de