A invenção de morel
“Humanista entusiasta, editor e tipógrafo, com oficina em Veneza. Manutius foi o editor renascentista que definiu os padrões estéticos dos novos livros — não só impressos com tipos móveis, mas também radicalmente diferentes das obras manuscritas da Idade Média. Aldus definiu um layout e uma tipografia para livros que continua actual e válida.”
Foi um dos 10 melhores editores dos séculos XV e XVI, e notabilizou-se, entre outras razões, por ter usado os caracteres itálicos (ou aldinos) feitos por Griffo, em que publicou as famosas edições in octavo, que tanto contribuíram para a divulgação da literatura humanística no século XVI — especialmente das obras da Antiguidade grega.
Quando nasceu em 1452 no povoado de Sermoneta-Bassiano, cerca de 80 km ao sul de Roma, chamava-seTeobaldo Manucci. Depois de ter estudado latim e grego em Roma e Ferrara, mudou-se para Mirandola no ano de 1482 para junto do seu amigo, o cabalista Giovanni Pico. Mudou então o nome para Manutius.
O sobrinho de Pico, Alberto Pio, Príncipe de Carpi, facultou a Aldus as somas necessárias para montar uma oficina de imprensa. O propósito deste investimento era de editar os clássicos gregos. Aldus terminou a tarefa encomendada pelo príncipe com a criação da Imprensa Aldina em Veneza, ca. de 1490—4.
Em 1499, Aldus casou com a filha de Andrea Torresano - o impressor que tinha adquirido os materiais tipográficos de Nicolas Jenson. Deste matrimónio nasceram três filhos e uma filha.
Humanista entusiasta, Manutius devotou-se inteiramente ao espírito da Grécia clássica. Aldus reuniu ao seu redor sábios e compositores gregos; tanto em sua casa como na sua oficina falava-se grego. A partir de 1495 mandou imprimir com uma nova letra, a cursiva grega, edições dos clássicos da literatura grega na sua língua de origem. Assim, as letras gregas passaram a pertencer ao corpo de caracteres usados na nova técnica de imprimir com tipos móveis. As primeiras obras