Sou negra
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
SINTESE – O SABER DA GENTE...
“UMA EDUCAÇÃO PRO POVO”
JOÃO PESSOA
2014
SOU NEGRA. SOU MULHER E TENHO HISTORIAS: RELATO DE EXPERIENCIA POSITIVA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA MARÉ. Em 1888 foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea, com o objetivo de libertar os escravos e conceder-lhes alguns direitos, mas o tempo passou e o negro ainda continua a sofrer racismo, discriminação e preconceito. No entanto, os negros sempre reagiram e lutaram por seus direitos de diversas maneiras. No Brasil, o negro ainda encontra bastante dificuldade principalmente falando da mulher negra pois a mesma ainda é vista como nos tempos coloniais e infelizmente a discriminação é muito presente na sociedade. Segundo uma observação feita pelo projeto Negro do Rio de Janeiro onde seu grupo de estudantes era basicamente formado por mulheres negras, mas que na execução das matriculas não se consideravam negras, e sendo na maioria analfabetas ou em processo de alfabetização. Essas mulheres sentem dificuldade pois alegaram que precisam conciliar os seus deveres de casa, pois tinham a necessidade de trabalhar para ajudar no orçamento da família. Abordar a questão do preconceito racial sofrido pela população negra é um processo bastante complexo, porém necessário. O Brasil é um país onde a educação escolar tem cultivado a concepção de ser um ambiente de democracia racial favorecendo o encobrimento do preconceito racial em relação à população negra, alimentando um discurso que propaga a existência de uma relação harmoniosa e igualitária entre brancos e negros, o que não corresponde às situações concretas que a população negra vivencia. O projeto “Mulheres Negras do/no Rio de Janeiro” em seus vários subtemas fez com que se resgatasse a historia passada da sociedade brasileira especificamente negra, revendo